O planejamento estratégico é uma ferramenta da alta gestão utilizada para definir os objetivos de uma organização e o caminho para alcançá-los.
Partindo desse princípio, o sucesso ou fracasso de uma empresa depende diretamente da sua capacidade de escolher os objetivos adequados para o seu modelo de negócio e mercado, e executar eficientemente o seu plano de ação a nível estratégico, tático e operacional.
De acordo com Sun Tzu, no livro A Arte da Guerra, “estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota.”
Sendo assim, enquanto a estratégia foca nos objetivos de longo prazo, o tático é responsável pelo médio prazo e o que precisa ser feito por cada unidade de uma organização.
Nesse tocante, às empresas que baseiam as suas ações no planejamento estratégico gozam de benefícios como:
- Alinhamento dos objetivos de toda a organização: possibilita o alinhamento dos objetivos individuais e departamentais com os objetivos gerais da organização, promovendo a coesão e o foco comum.
- Identificação de oportunidades e ameaças: ajuda na identificação proativa de oportunidades de mercado e ameaças competitivas, permitindo ajustes contínuos nas estratégias.
- Aumento da eficiência operacional: melhora a eficiência operacional ao eliminar redundâncias, otimizar processos e identificar áreas de melhoria contínua.
- Engajamento dos colaboradores: envolve os colaboradores no processo de planejamento, promovendo o engajamento e a compreensão da importância de seu trabalho para os objetivos gerais.
O planejamento estratégico compreende elementos como missão, visão, valores, análise do ambiente interno, externo, elaboração de estratégias e de um plano de ação. Mas engana-se quem acha que por ser simples de definir, é fácil de construir um.
Como construir um planejamento estratégico
O primeiro passo é definir a missão empresarial: uma declaração concisa que define o propósito fundamental, a razão de existir e os valores fundamentais de uma organização.
O segundo passo é definir a visão: uma declaração que descreve o estado futuro desejado ou a posição a longo prazo que a organização pretende alcançar.
O terceiro passo é definir os valores: são os princípios fundamentais e crenças que orientam o comportamento e as decisões de seus membros.
O quarto passo é analisar o ambiente interno: representado pelas forças e fraquezas de uma organização.
Forças: representam os elementos internos que dão uma vantagem competitiva à empresa. Isso pode incluir recursos valiosos, competências distintivas, reputação forte, equipe talentosa, tecnologia avançada, entre outros.
Fraquezas: são os aspectos internos que podem representar desafios ou limitações para a empresa. Isso pode incluir deficiências em processos, falta de recursos, habilidades específicas ausentes, cultura organizacional desfavorável, entre outros.
O quinto passo é analisar o ambiente externo: trata-se das oportunidades e ameaças para a organização.
Representam fatores externos positivos que a empresa pode aproveitar para alcançar seus objetivos. Oportunidades podem surgir de mudanças no mercado, avanços tecnológicos, tendências de consumo, lacunas no mercado, entre outros.
São fatores externos que podem representar desafios ou riscos para a empresa. Ameaças podem incluir concorrência intensa, mudanças na legislação, instabilidade econômica, avanço de tecnologias concorrentes, entre outros.
O sexto passo é definir as metas e indicadores.
Metas são objetivos específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido que uma organização, equipe ou indivíduo pretende atingir.
Indicadores são medidas específicas que servem para avaliar ou quantificar o desempenho em relação a uma determinada meta ou objetivo.
O último passo é criar um plano de ação para alcançar as metas, que é uma ferramenta que descreve o que, quanto, como, por quem, por quê, onde e quanto vai custar para executar uma ação. A partir da concepção de um plano de ação é possível saber exatamente o que fazer para alcançar as metas e objetivos.
Principais erros de um planejamento estratégico
Definir metas burras
Existe uma metodologia para definição de metas chamada SMART. Ela defende que boas metas precisam ser específicas (S), mensuráveis (M), alcançáveis (A), relevantes (R) e temporais (T). Caso um desses elementos for ignorado, ela pode ser considerada uma “meta burra”.
Vamos ao exemplo, essa é uma meta SMART (inteligente): vender 1.000 cursos de gestão comercial para líderes de vendas que moram no Brasil até o final de 2024.
Em primeiro lugar, ela é específica nos detalhes. Afinal, não é qualquer curso e também não é para qualquer líder.
Em segundo lugar ela é mensurável, uma vez que o progresso pode ser acompanhado pelo número de vendas.
Para saber se uma meta é alcançável, é necessário recorrer a referências internas ou externas. Exemplo, quanto vendemos no ano passado? O que mudou neste ano?
A meta é relevante se ela está ligada a um objetivo estratégico da empresa. Ela tem um porquê claro. E, por fim, ela é temporal se tem um prazo.
Curiosidade: ter metas inteligentes no seu planejamento de vendas aumenta significativamente a taxa de alcance de temas.
Não fazer a análise do ambiente externo
Tão importante quanto olhar para a sua empresa, é olhar para o mercado. Analisar oportunidades possibilita enxergar como se diferenciar da concorrência, como aumentar o faturamento, quais movimentos do mercado podem favorecer o seu negócio.
Por outro lado, analisar as ameaças gera insights como: o que o meu concorrente está fazendo de diferente, como as mudanças no mercado e no comportamento de compra do meu cliente impactam o meu negócio, quais riscos estamos suscetíveis e o que podemos fazer para mitigá-los.
Parece batido, mas aplicar corretamente uma matriz swot pode salvar a sua empresa.
Falta de envolvimento das partes interessadas
No final do dia, quem vai executar o seu planejamento é o nível operacional. Por isso, é muito importante envolver as lideranças e colaboradores em algumas etapas do seu planejamento estratégico. Você vai aumentar o senso de comprometimento, e também vai ajudar a fazer ponderações do que é relevante ou não para toda a organização.
Impactos para a organização
Cometer erros durante a elaboração e acompanhamento do planejamento estratégico pode custar muito caro para uma empresa. O prejuízo ainda pode ser maior caso o seu concorrente aproveite os seus erros para ganhar mercado e tomar os seus clientes.
Dentre os principais impactos negativos, podemos citar:
- Desperdício de recursos: recursos valiosos, como tempo, dinheiro e esforço, podem ser desperdiçados em iniciativas que não contribuem efetivamente para os objetivos da organização.
- Perda de competitividade: estratégias ineficazes podem levar à perda de competitividade, colocando a organização em desvantagem em relação aos concorrentes.
- Desalinhamento organizacional: um planejamento estratégico inadequado pode levar a desalinhamento entre as diferentes áreas e equipes da organização, resultando em esforços desconexos e falta de colaboração.
Agora que você aprendeu o que é um planejamento estratégico e o que não fazer na hora de construir o seu. Recomendamos colocar as dicas em prática e as suas metas no bolso!
Se por outro lado, você identificou que a sua empresa cometeu um ou mais dos erros citados no seu planejamento, fale com um de nossos consultores. Eles são especialistas em planejamento e vendas, e vão te ajudar a alcançar os seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
